segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Aristides de Sousa Mendes, O Cônsul de Bordéus

Aristides de Sousa Mendes é uma figura marcante da história contemporânea portuguesa. Para muitos um exemplo do "ser português", para outros muitos "o maior português de sempre". Talvez. Isso é muito relativo. A verdade é que quando tive conhecimento que ia ser passado à grande tela mágica a história deste Homem de convicções fortes, carácter digno, aguardei com ansiedade.

E lá fui, embutido deste espírito humanista e curioso, ver se aprendia mais qualquer coisa sobre a sua biografia.
Não sei se foi da expectativa ou se do contexto pessoal, mas este filme foi uma grande desilusão. Talvez, arrisco-me a dizer, a maior desilusão cinematográfica de 2012.

"Aristides de Sousa Mendes, O Cônsul de Bordéus" passa completamente ao lado da minha ideia, do meu conceito de grande filme.
É um filme simplório e pobre que assenta essencialmente nas interpretações de Vitor Norte e Manuel de Blas. Para além disso, só a escuridão dramática e a banda sonora como tentativas falhadas de preencher os grandes vazios.
De Bordéus nada vi. De Sousa Mendes, frases soltas, sentimentos contraditórios e velhos truques teatrais.

Quando é que o cinema português dá o salto para o grande palco? Quando as produtoras investirem como deve de ser. Sem limites. Sem limitações. Com grandes objectivos.

O filme quer ser o retrato de uma época frágil, quer servir de biografia sem ser biográfico, quer ser grande mas veste.se de luto e caí vergado à pequenez e crise dos novos tempos.

Peço desculpa mas o Grande Aristides de Sousa Mendes merecia mais e melhor. Esta história ficou por contar. O seu legado é mais do que uma nota de rodapé e merece explodir no grande ecrã.

Nota 2

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