quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Zero Dark Thirty

Durante vários anos tornou-se um hobbie meu tentar perceber as origens  e intenções dos homens ou personagens causadoras do atentado terrorista mais noticiado e conhecido de sempre.

Dediquei-me desde o 11 de Setembro de 2001, quando ainda era um jovem estudante universitário, a informar-me sobre a história, a ideologia, as crenças, os objectivos, as motivações de homens como Osama bin Laden, Ayman al-Zawahiri, Khalid Sheikh Mohammed, Abu Faraj al-Libi, Atiyah Abd al-Rahman, ou mesmo o pai ideológico da Al-Qaeda, Sayyid Qutb.

Alguns anos mais tarde, nomeadamente  em Maio de 2012, soube da noticia da morte de bin Laden, que encerrou um ciclo de pesquisa de informação de muitas horas esquecidas de livros, jornais, internet, vídeos, fóruns, televisão e cinema.

Foi com enorme entusiasmo que em 2013, mais exactamente na semana passada, que assisti à estreia em Portugal de “Zero Dark Thirty”, filme que retrata, de forma perfeitamente documentada, os anos de perseguição ao terrorista mais re(conhecido) da história, assim como a missão dos Navy SEAL que levou à sua captura, morte e reconhecimento.

Filme explosivo, de uma realidade crua e documental. A caça ao homem no pós 11 de Setembro levada a cabo pela CIA na Arábia Saudita, no Afeganistão, no Kuwait, e no Paquistão.

Esta peça, fantasticamente realizada e dirigida pela mão de Kathryn Bigelow (The Hurt Locker) centra-se na obsessão de uma agente da CIA, de nome “Maya” (Jessica Chastain), como o véu que separa a realidade da aparência, em seguir, contra tudo e contra todos, a pista de Abu Ahmed al-Kuwaiti, um dos principais “correios” do líder da Al-Qaeda.

Falsas pistas, centenas de mortes, milhões de dólares, duas guerras e onze anos depois, a CIA encontra um bizarro complexo de habitação na cidade de Abbottabad, a 50 km da capital paquistanesa, Islamabad. Ai está refugiado Osama bin Laden.  Pela noite dentro é executado.

Grande obra do cinema contemporâneo e um marco do cinema norte-americano. Merece papel de destaque nos Óscares da Academia de 2013 e é um favorito a Melhor Filme.

Nota 5

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